Alunas: Isabela Veroneze Silva e
Tainara Gomes Aguiar
Hotspot
Área rica em biodiversidade, com cerca
de 1.500 espécies endêmicas de plantas e que tenham a vegetação original de sua
região reduzida.
Hotspot: Japão
Localização
O
Japão é um país insular que se estende ao longo da costa leste da Ásia. O
litoral marítimo do Japão é aproximadamente quatro vezes maior que o
brasileiro.
Entre
70% e 80% do país é coberto por florestas e de relevo montanhoso com uma
cordilheira no centro das ilhas principais, de forma que as pequenas planícies
costeiras se tornam as áreas mais povoadas do país. Os rios japoneses são
curtos e de águas ligeiras. Atingem o mar pouco depois de sua nascente nas
montanhas acima e formam geralmente deltas em forma de leque.
Biodiversidade
O
Japão tem nove ecorregiões florestais que refletem o clima e a geografia das
ilhas. Elas vão de florestas subtropicais nas ilhas Ryūkyū e Ogasawara, a
florestas decíduas temperadas em regiões de clima ameno das principais ilhas,
florestas temperadas de coníferas nas porções frias das ilhas do norte.
Flora
Em
sua flora, o país possui cerca de 6 000 espécies nativas de plantas, cuja
variedade é devida ao calor, à abundância das precipitações, à umidade dos
verões e ao relevo.
Ao
longo do território vê-se figuier banian, suji e hinoki, bem como plantas
comuns em outras partes do mundo, como as magnólias. Algumas ainda possuem
significados simbólicos, como as flores de cerejeira, chamadas sakuras, que
representam a beleza efêmera. De suas plantas ainda saem os trabalhos com
arranjos, pinturas, tecelagem e cerâmicas, além de remédios.
Fauna
Já
em sua fauna é possível ver espécies não encontradas em nenhuma outra parte do
globo, como certas variedades de faisões, tubarões e salamandras. Ainda assim,
o território japonês possui apenas 118 espécies de mamíferos terrestres
selvagens. As regiões montanhosas do Japão, com florestas densas, albergam
populações relativamente numerosas de mamíferos, dentre eles javalis, tanukis,
raposas, veados, antílopes, lebres e doninhas.
Répteis
presentes incluem tartarugas marinhas, cágados, serpentes aquáticas e lagartos.
Há uma grande variedade de sapos, rãs e tritões, onde se destaca a
Salamandra-gigante-do-Japão que atinge os 4 m de comprimento, e é endêmica do
arquipélago.
Cerca
de 600 espécies de aves são residentes ou migratórias e diversidade de insetos
é típica de regiões com clima temperado úmido. Entre as espécies ameaças que
habitam o território japonês estão o urso-negro-asiático, classificado como de
fato ameaçado de extinção e o macaco-japonês, em estado ainda pouco
preocupante.
Também
consideradas espécies sob ameaça, as variedades de baleia são caçadas pelos
japoneses sob cotas estipuladas na moratória de 1986.
Movimentos pela preservação ambiental
Em comparação com grupos de proteção ambiental de países
ocidentais, os grupos desse tipo no Japão têm uma escala bem menor e uma
história mais recente. O maior grupo ambiental do Japão, chamado Sociedade dos
Pássaros Selvagens do Japão (Wild Bird Society of Japan), possui cerca de 50
mil membros.
O Fundo Mundial do Japão para a Natureza também tem cerca de
50 mil membros, incluindo parceiros empresariais; e a Sociedade de Conservação
Ambiental do Japão tem em torno de 20 mil membros. O Japão tem mais de cinco
mil grupos de preservação ambiental de pequeno porte. Esses grupos, que
auxiliam na execução de ações estruturais, possuem um número reduzido de
membros, mas devem alcançar grandes avanços no futuro. Essas ONGs ambientais
também têm atuação no exterior.
Existe, ainda, o fundo do movimento nacional, no qual um
grupo de pessoas se reúne para dividir os custos de aquisição e preservação de
terrenos localizados em áreas em processo de degradação ambiental. Algumas
vezes, esses pedaços de terra também são doados para o grupo. Esse movimento se
espalhou por todo o país a partir de grupos iniciais em Shitetoko, em Hokkaido,
e em Tenjinzaki, no Distrito de Wakayama. A preservação não se limita a
florestas e marismas, mas também engloba áreas verdes das cidades. Em fevereiro
de 1996, grupos individuais, empresas privadas, associações comunitárias locais
e a Agência Ambiental (atualmente o Ministério do Meio Ambiente) formaram uma
rede para estimular as compras de produtos, materiais e serviços com
responsabilidade ambiental. Os consumidores foram orientados a dar prioridade a
produtos e serviços que não prejudicam o meio ambiente.
Os municípios de cada localidade estão fazendo seu melhor
para encorajar um desenvolvimento regional que leve o meio ambiente em
consideração, por exemplo, por meio da reciclagem e economia de energia.
Yakushima, uma ilha do Distrito de Kagoshima que é designada Patrimônio da
Humanidade pela UNESCO, está tentando preservar o meio ambiente por meio de
medidas como a redução do volume de resíduos ao mínimo por meio da compostagem
do lixo orgânico e da reciclagem do óleo de cozinha como combustível
automotivo.
Para auxiliar os estudantes no desenvolvimento independente
da conscientização pela preservação ambiental e na realização de estudos sobre
o meio ambiente, em junho de 1995, a Agência Ambiental convidou estudantes do
ensino primário e fundamental para participarem do Junior Eco Club. As
atividades independentes do grupo incluem observação da vida aquática,
observação astronômica, reciclagem de latas vazias e intercâmbios financiados
por escritórios de administração de todo o país. Em 2008, havia 4.126 grupos
desse tipo, envolvendo 185 mil pessoas nessas iniciativas.
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